Donald Trump se viu obrigado a se manifestar em relação a uma saia justa que vem provocando ruídos e incômodos nos últimos dias. A Heritage Foundation, uma think tank de extrema direita que tem muita influência no novo governo radical do presidente recém-empossado quer a deportação imediata do príncipe Harry, filho do rei Carlos III do Reino Unido e irmão do príncipe William, futuro soberano britânico. Ele vive nos EUA há alguns anos com a esposa, a atriz norte-americana Meghan Markle.
A implicância da Heritage Foundation começou com uma declaração de Harry para sua biografia (“Spare”) na qual ele afirmou que usou cocaína, maconha e psicodélicos durante um período em que já estava nos EUA e abriu um processo contra o Departamento de Segurança Interna para que seus registros de visto ao país fossem tornados públicos. Para os extremistas do grupo, “qualquer pessoa que se inscreva (para viver) nos EUA precisa ser honesta em sua inscrição, e não está claro que esse seja o caso do príncipe Harry”, disseram ao jornal britânico London Daily Telegraph.
Diante dessa situação, reporta o New York Post, Trump precisou dizer aos radicais da Heritage Foundation que não trabalhará pela deportação do nobre estrangeiro, mas não sem atacar a esposa de Harry, no seu já conhecido estilo machista e racista. “Eu não quero fazer isso [deportá-lo]... Vou deixá-lo em paz. Ele já tem problemas suficientes com a esposa. Ela é terrível”, teria dito, segundo o Post.
A decisão de Trump parece ser baseada em motivos óbvios. Ele não vai querer um problema diplomático com o Estado britânico, mesmo que extraoficial, já que Harry é filho do rei e irmão do próximo soberano. Para cutucar o ruivo desertor da família real do Reino Unido, o presidente dos EUA ainda fez elogios ao irmão dele, William, o primeiro na linha de sucessão.
“Acho que William é um grande jovem”, disse o ocupante da Casa Branca.
