ACIDENTE AÉREO

Revelada a identidade da pilota do helicóptero que se chocou com avião em Washington

Todas as 64 pessoas que estavam a bordo de um avião da American Airlines, além dos três tripulantes do helicóptero militar, morreram no trágico acidente

Rebecca M. Lobach, capitã do Exército dos EUA que pilotava o helicóptero militar envolvido no acidente aéreo.Créditos: Reprodução
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O Exército dos Estados Unidos confirmou neste domingo (2) a identidade da pilota do helicóptero militar Black Hawk que colidiu, em pleno voo, com um avião comercial da American Airlines na última quarta-feira (29), em Washington. A Capitã Rebecca M. Lobach, de 28 anos, natural de Durham, na Carolina do Norte, foi uma das três vítimas militares do acidente que também matou os 64 ocupantes da aeronave comercial.

A revelação de sua identidade ocorreu após um pedido inicial de privacidade por parte da família. No sábado (1º), os parentes de Lobach divulgaram um comunicado destacando sua trajetória e qualificações. Formada pelo ROTC da Universidade da Carolina do Norte, ela ingressou no Exército em 2019, servindo como líder de pelotão e oficial executiva de companhia no 12º Batalhão de Aviação em Fort Belvoir, Virgínia. Com mais de 450 horas de voo, era certificada como pilota em comando e, no momento da colisão, realizava seu exame anual de avaliação.

Os outros dois tripulantes do helicóptero também foram identificados: o Suboficial Chefe 2 Andrew Loyd Eaves, de 39 anos, que atuava como avaliador do voo, e o Sargento Ryan Austin O'Hara, de 28 anos.

A tragédia ocorreu quando o helicóptero e o avião, um Bombardier CRJ700 da American Airlines, se chocaram enquanto a aeronave comercial se preparava para pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan. As duas aeronaves caíram no rio Potomac, e equipes de resgate ainda trabalham na recuperação dos corpos e destroços. Até o momento, 55 das 67 vítimas foram identificadas.

A investigação do acidente está em curso. Segundo uma análise preliminar da Administração Federal de Aviação (FAA), a torre de controle do aeroporto operava com uma equipe reduzida na noite da colisão, o que pode ter comprometido a gestão do tráfego aéreo. Relatos indicam que apenas um controlador de voo estava monitorando a aproximação das aeronaves, quando o mínimo recomendado para aquele horário seria dois.

As caixas-pretas do CRJ700 foram localizadas e encaminhadas para análise pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB). A agência avaliará o gravador de voz da cabine e os dados de voo para determinar as causas da tragédia. Um relatório preliminar deve ser divulgado nos próximos 30 dias.

As teorias conspiratórias sobre "ato intencional" 

A publicação de novos vídeos registrando o desastre aéreo ocorrido na noite da última quarta-feira (29) em Washington, nos EUA, envolvendo um avião comercial da American Airlines e um helicóptero militar, em que todos os 67 ocupantes das duas aeronaves morreram, está gerando um debate acalorado nas redes sociais não só entre internautas, mas também com especialistas.

Nos novos ângulos, que são bem mais nítidos do que as imagens disponíveis até então, o comportamento do helicóptero do Exército dos EUA é, de fato, muito estranho já que mesmo estando cada vez mais próximo do Bombardier CRJ700, sua atitude não muda: a piloto continua indo em direção ao jato, mesmo com um cenário muito claro e com todas as luzes de pouso noturno do avião acesas.

“Eu diminuí a velocidade [vídeo] e assisti um milhão de vezes. Por que o helicóptero não está tentando evitar o choque até o último momento? As luzes estão bem brilhantes no avião. Ele literalmente está com todas as luzes de pouso acesas. Os instrutores deveriam estar observando o céu também”, comentou um usuário do X (antigo Twitter).

Já um outro, levou em consideração o argumento de que o helicóptero apontava sua cabine para baixo, mas ponderou que mesmo antes disso era possível ver nitidamente a aproximação do avião da AA.

“Eu entendo as pessoas que dizem que o Blackhawk estava com o nariz para baixo e provavelmente não viu o avião, mas ainda assim, como eles não tiveram nenhum tipo de visualização da aproximação? O nariz para baixo explicaria não ter visto de perto, mas e durante a aproximação?”, opinou.

Há também quem seja mais direto, mencionando que seria impossível não ver aquilo que se passava à sua frente. “Eles não conseguiram ver aquela luz imensa e brilhante ou o quê? Não pode ser um acidente, me desculpe”, comentou um perfil.

Até gente do setor aéreo ficou espantada com as novas imagens, que realmente dão a impressão de que helicóptero não só não faz nada para evitar a colisão como também vai aparentemente de forma deliberada na direção do jato comercial.

“Tenho 20 anos de experiência na indústria da aviação e não há nenhuma hipótese de você não conseguir ver essas luzes de pouso”, disse um profissional da área. 

Veja os novos vídeos da colisão:

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