O presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) Ricardo Cappelli utilizou as redes sociais para expressar sua indignação com os recentes ataques do governo dos EUA contra a soberania brasileira.
Nesta quarta-feira, a embaixada estadunidense no Brasil e órgãos ligados ao Departamento de Estado publicaram um texto que atacava indiretamente o ministro do STF Alexandre de Moraes, associando suas decisões a supostas violações da soberania estadunidense.
Tudo isso porque o ministro do Supremo Tribunal Federal decidiu proibir o acesso ao Rumble no Brasil. A empresa não acata decisões judiciais brasileiras e não possui representante legal no país.
"Você pode ser de direita ou de esquerda. Mas as declarações do Departamento de Estado dos EUA sobre assuntos internos do Brasil são INACEITÁVEIS. Pedir intervenção de um país estrangeiro no Brasil é INACEITÁVEL. A defesa da soberania nacional é tarefa de TODOS os brasileiros", afirmou o Cappelli.
Na esteira dos ataques do governo dos EUA, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem atuado como um lobista em Washington para tentar sancionar autoridades brasileiras e tentar apoio do governo Trump para interferir em assuntos internos do Brasil.
Reação do governo
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, manifestou forte repúdio às recentes declarações do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que criticaram decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas à adequação de empresas estadunidenses às leis brasileiras.
Em nota oficial, o governo Lula reafirmou a importância da soberania nacional e rejeitou qualquer tentativa de interferência externa em assuntos internos do país. O texto destacou que as decisões do STF visam garantir o cumprimento da legislação brasileira, incluindo a exigência de que empresas estrangeiras constituam representantes legais no Brasil.
A resposta do Itamaraty foi direta: "O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais".