UCRÂNIA

Zelensky aceita renunciar em troca de entrada na OTAN, mas revela "plano B"

Presidente ucraniano condicionou sua renúncia por entrada do país na aliança militar, o que foi prontamente rejeitado por Trump e Putin

Créditos: DivulgaçãoX Volodymyr Zelensky
Escrito en GLOBAL el

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (23) que está disposto a renunciar ao cargo em troca da adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

A proposta, no entanto, é rejeitada pelo presidente dos EUA Donald Trump e pelo líder russo Vladimir Putin, que consideram a entrada da Ucrânia no bloco militar impossível.

Em coletiva de imprensa, Zelensky declarou: "Se há paz para a Ucrânia e se realmente precisam que eu deixe meu posto, estou disposto a fazê-lo. Posso trocar minha renúncia pela entrada na OTAN, se essas forem as condições".

Vale lembrar que o ucraniano já está há mais de um ano no cargo sob ordem de lei marcial, sem eleições que legitimem o seu mandato expirado. Trump afirmou que Zelensky é um ditador, o que não foi bem recebido em Kiev.

"Plano B": uma OTAN alternativa dentro da Ucrânia

Diante da rejeição, Zelensky revelou um "plano B": a criação de uma aliança militar alternativa dentro da Ucrânia. Em postagem na rede social X (antigo Twitter), ele explicou que a proposta inclui "manter um exército forte, financiar a produção de armamentos e negociar garantias de segurança com parceiros internacionais".

"Se não podemos entrar na OTAN, criaremos nossa própria OTAN. Precisamos de um sistema abrangente de segurança militar, econômica e política", afirmou.

O plano prevê ainda o armazenamento de equipamentos de defesa e a cooperação com aliados para dissuadir futuras agressões russas. Basicamente, transformar a Ucrânia em uma base da aliança de maneira oficial, em especial com seus aliados europeus.

A proposta de Zelensky surge em um momento crítico para a Ucrânia, que enfrenta dificuldades para manter o apoio internacional após três anos de guerra e em que propostas de paz se tornam cada vez mais claras com a aproximação entre Moscou e Washington.

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar