Dominic Barbara e Richard Batista eram casados desde 1990. No momento em que ela precisou de um rim, ele não pensou duas vezes e fez a doação. A cirurgia ocorreu em 2001. "Minha prioridade era salvar sua vida. A segunda era melhorar nosso casamento", disso ele na época. Até então, ela já havia passado por dois transplantes.
Anos depois, Dominic começou um relacionamento com o seu fisioterapeuta e pediu o divórcio.
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Triste e desesperado com o fato, Batista, que é médico em Long Island, nos EUA, entrou em 2005, com uma ação judicial exigindo a devolução do rim ou uma indenização de 1,5 milhão de dólares como parte do acordo.
Verdadeiro monstro
Ela negou o caso com o fisioterapeuta, que prestou depoimento às autoridades: "Somos apenas amigos, nunca tivemos um relacionamento. O marido dela é um verdadeiro monstro", afirmou indicando prováveis casos de violência doméstica.
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Apesar de afirmar ter sido traído, a Justiça decidiu contra o médico. "A infidelidade da minha esposa deixou um buraco no meu coração que ainda dói. Sou um homem orgulhoso", disse ele em entrevistas.
A Suprema Corte do Condado de Nassau rejeitou seu pedido, afirmando que o rim doado "não era um bem passível de valoração no processo de divórcio".
O especialista em ética médica do Instituto Kennedy de Ética da Universidade de Georgetown, Robert Veatch, explicou ao El Tiempo, de Bogotá, que "é ilegal trocar um órgão por algo de valor". E disse ainda: "Agora o rim pertence a ela... Removê-lo significaria que ela precisaria de diálise ou poderia morrer."