TECNOLOGIA

Potência asiática proíbe vendas de Iphone 16 no país; entenda o porquê

Empresa buscou reverter a situação com promessa de investimentos de US$ 1 bilhão, mas teve resposta negativa por parte do governo do país

Iphone 16 não pode ser vendido na maior potência do Sudeste Asiático
Iphone 16 não pode ser vendido na maior potência do Sudeste AsiáticoCréditos: Divulgação Apple
Escrito en GLOBAL el

Gigante da área de tecnologia, a Apple sofreu um revés nesta quarta-feira (8) em um dos países mais populosos do mundo, que manteve a proibição de venda do Iphone 16 no país.

Em outubro de 2024, a Indonésia havia impedido a empresa estadunidense de comercializar a versão mais nova de seu aparelho celular sob a alegação de que a companhia não havia atendido aos requisitos de investimento local. A unidade local, PT Apple Indonesia, não cumpriu os requisitos de conteúdo nacional de 40% para smartphones e tablets, segundo avaliação do Ministério da Indústria do país.

A proibição vale somente para o Iphone 16, e os produtos mais antigos da Apple podem ser vendidos. Para reverter a situação, a Apple propôs criar uma fábrica de US$ 1 bilhão no país para produzir seu dispositivo de rastreamento AirTag com a ajuda de um parceiro local. 

Mesmo assim, as autoridades do governo disseram esta semana que a instalação não contribuiria para cumprir o requisito de conteúdo local para a linha de smartphones da companhia.

Jogo duro da Indonésia

A Indonésia tem pedido de forma reiterada mais investimentos por parte da Apple, que hoje possui quatro academias de desenvolvedores no país voltadas para o treinamento de estudantes e engenheiros no desenvolvimento de aplicativos. No entanto, não estabeleceu nenhuma unidade de produção até agora.

O mercado do país, o quarto mais populoso do mundo, com uma economia de US$ 1 trilhão, interessa muito a qualquer multinacional, ainda mais para uma empresa que trabalha com smartphones. A Indonésia tem mais de 350 milhões de celulares ativos, superando em número a população de 270 milhões.

Na última década, o atual presidente, Joko Widodo, que assumiu em 2014, aproveitou a elevada demanda por tecnologia de energia verde, já que o país tem os maiores depósitos de níquel do mundo, para modernizar a indústria nacional de processamento de minerais e atrair investimentos estrangeiros. Sua meta, ambiciosa, é fazer da Indonésia uma das cinco maiores economias do mundo até 2045.

Com informações do Financial Times

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar