Um caso misterioso e trágico intriga os moradores da cidade de Breda, na Holanda, desde a manhã da última sexta (3). Uma brasileira de 32 anos, que vivia na Europa (Bélgica e Holanda) havia seis, morreu após cair do quarto andar de um prédio. Ela morava no local com o companheiro, identificado como Edgard Van de Boom, de 53 anos, de nacionalidade holandesa, que estava no apartamento no momento da queda fatal.
Segundo a família da brasiliense Taiany Caroline Martins Matos, como consta numa reportagem do g1, a jovem estava grávida e tinha acabado de visitar o Brasil, onde queria permanecer até o fim da gestação. No entanto, ela regressou à Holanda em 27 de dezembro após ser muito pressionada por Edgard, que foi retratado por parentes e amigas da vítima como um sujeito “possessivo” e “ciumento”.
Um irmão de Taiany, Rayan Martins de Oliveira, disse à reportagem do portal Metrópoles que a versão predominante até então para a tragédia é de que a brasileira teria chegado em casa nas primeiras horas da manhã de sexta (3) após ter ido para uma festa na noite de quinta (2). Ela teria optado por chegar naquele horário porque tinha medo do que Edgard pudesse fazer durante a madrugada.
Depois, Taiany teria entrado em casa e uma discussão grave teria tido início, com o companheiro exigindo ver seu celular para ler as mensagens que ela havia trocado na noite anterior. A jovem teria negado o acesso ao aparelho e então corrido para o quarto, se trancando pelo lado de dentro. Ainda na versão apresentada oficialmente, Edgard teria começado a forçar a porta do cômodo, ocasião em que a brasileira teria projetado a maior parte do corpo para fora da janela, perdendo o equilíbrio e caindo do quarto andar.
“A história toda está nebulosa. Não há hipótese de ter ocorrido suicídio. As informações que temos é que ela estava tentando fugir de alguma situação. Ela estava com medo de voltar para casa justamente pelo fato de ele ser extremamente possessivo e ciumento”, disse Rayan ao Metrópoles.
Segundo familiares, a polícia holandesa ligou no sábado (4) para dar a notícia da morte. Nenhuma perícia teria sido realizada no local e, em 24 horas, o inquérito concluiu que Taiany tinha sido vítima de um acidente fatal, mas não de um crime. Edgard ligou no mesmo dia para falar da morte e teria sido completamente frio com a mãe da companheira falecida, Eliane Martins.
Na ligação, o homem disse que arcaria com os 7 mil euros do traslado do corpo de Taiany para o Brasil, mas que mudou de ideia no dia seguinte, oferecendo apenas 500 euros para colaborar com a repatriação do cadáver. “Preciso ter paz. Dia 27 de dezembro abracei minha filha viva, e ela foi para os seus braços, e agora ela está morta, e você não quer ajudar. Não faça isso, por favor, manda minha filha para casa. Você tem dinheiro e você sabe disso”, disse a mãe ao genro, conforme reporta o Metrópoles.