É bem sabido que os ventos da geopolítica mudam constantemente e os últimos eventos ocorridos na Síria têm mostrado isso bem. As potências europeias e os EUA, na ânsia de pôr abaixo o regime do ditador Bashar Al-Assad, “aceitaram” sem muitos rodeios que o grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomasse o poder, embora tenham passado os últimos anos classificando esses homens como uma organização terrorista.
Para tentar deixar a nova versão sobre o HTS mais palatável, saíram com uma história de que o grupo liderado por Abu Mohammed al-Jolani agora é “moderado”, e que está disposto a mostrar uma face tolerante e amigável. Só que esse verniz já começa a descascar e a mostrar a verdadeira face daqueles que hoje têm o poder na Síria.
Esta semana, durante a visita da ministra de Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, um flagrante revelou que o grupo segue com seu fundamentalismo e, sobretudo, com seu desprezo pelas mulheres, que podem em breve se tornar o alvo de sua mentalidade primitiva e eivada de misoginia.
Annalena desceu de um avião da Força Aérea Alemã em Damasco para uma visita oficial e, já na pista, os líderes do HTS que foram recepcioná-la simplesmente se recusaram a apertar sua mão, pelo fato, óbvio, de ela ser uma mulher.
Veja a cena: