Um levantamento recente divulgado pelo jornal israelense Maariv mostra um cenário político assombroso para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Se as eleições legislativas fossem realizadas hoje, o partido Likud, de Netanyahu, perderia dois assentos no Knesset, caindo para 21, enquanto o partido de extrema direita Otzma Yehudit, liderado por Itamar Ben-Gvir, ganharia força, alcançando nove assentos.
O movimento vem após a saída de Ben-Gvir do governo em protesto contra o recente cessar-fogo com Gaza. Ben Gvir é o mais extremista dos sionistas da coalizão de Netanyahu.
Segundo a pesquisa, a oposição se fortalece, alcançando 59 assentos, enquanto a coalizão de Netanyahu teria apenas 51, sem margem suficiente para formar governo sem o apoio de partidos árabes.
Entre os destaques do levantamento, o partido Yisrael Beiteinu e o partido Nacional Unidade, liderado por Benny Gantz, aparecem empatados com 18 assentos cada. Yesh Atid, de Yair Lapid, garantiria 13 cadeiras, enquanto os partidos árabes e de esquerda mantêm posições estáveis.
Outro dado alarmante para Netanyahu é a opinião pública: 62% dos israelenses acreditam que ele deveria renunciar devido à responsabilidade pelos eventos de 7 de outubro, incluindo 18% de seus próprios eleitores no Likud.
O cenário hipotético envolvendo uma nova sigla liderada pelo ex-primeiro-ministro Naftali Bennett mostra um abalo ainda maior: Bennett lideraria com 27 assentos, enquanto o Likud cairia para 19, e partidos como Smotrich e Gideon Sa’ar não ultrapassariam a cláusula de barreira. Nesse caso, a oposição poderia formar um governo com 67 assentos, consolidando a crise na base governista de Netanyahu.
A pesquisa aponta para um momento de instabilidade política em Israel, com desafios significativos para o atual primeiro-ministro e uma oposição mais fortalecida, sugerindo possíveis mudanças no cenário de poder do país.