Um acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel em Gaza está mais próximo após avanços significativos nas negociações mediadas por Catar, Egito e Estados Unidos.
As partes discutem um plano em três fases que pode encerrar 15 meses de destruição e genocídio por parte de Israel na Faixa de Gaza.
De acordo com a mídia árabe, o Hamas aceitou os termos propostos - rejeitando a presença militar de Israel dentro de Gaza - e cabe à Israel aceitar a proposta, parecido com o plano de maio do ano passado.
O Hamas tem reafirmado sua posição em defesa dos palestinos, recusando as exigências israelenses de presença militar sionista contínua em pontos estratégicos, como os corredores de Filadélfia e Netzarim.
O que diz o plano?
O plano prevê, inicialmente, a libertação de mulheres, crianças, idosos e pessoas doentes detidas em Gaza e em prisões israelenses.
Na segunda etapa, negociariam-se os homens em idade militar, seguida por uma terceira fase, abordando a governança e reconstrução de Gaza, com supervisão internacional - ainda a ser decidida.
Israel tem um dilema: aceitar o acordo e agradar as demandas internas do país ou satisfazer as demandas da base de extrema direita do governo Netanyahu, que quer continuar o conflito.
O líder oposicionista Benny Gantz apoia o acordo, membros do governo de extrema-direita, incluindo o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, opõem-se ferozmente ao plano, classificando-o como “ameaça à segurança nacional”.
Mesmo com divisões internas, o governo de Netanyahu possui os votos necessários para aprovar o cessar-fogo. No entanto, há receios de que as tensões políticas possam levar à queda do primeiro-ministro.
Israel matou mais de 47 mil palestinos em Gaza. Além disso, outros 10 mil gazitas estão desaparecidos sob os escombros. Mais de 100 mil foram feridos no genocídio.