Uma nova gravação dos instantes posteriores ao atentado a tiros que matou John Kennedy, então presidente dos EUA, em 22 de novembro de 1963, causou um verdadeiro frisson nas redes sociais, sobretudo entre os aficionados pelo episódio e os teóricos da conspiração. O registro, em si, não mostra nada de novo, tampouco traz elementos que possam mudar o que se sabe até agora.
Naquele longínquo começo de tarde, em plena hora do almoço em Dallas, no Texas, o cidadão norte-americano Dale Carpenter pegou sua câmera de filmagens rudimentar e se dirigiu à avenida Lemmon, por onde a comitiva do chefe de Estado mais poderoso do mundo passaria. Chegou atrasados por segundos, conseguindo pegar apenas o final da carreata, mas após a passagem do veículo que levava Kennedy.
Carpenter, então, teve uma ideia: correr a toda velocidade para a estrada Stemmons, relativamente próximo dali, já que o cortejo presidencial passaria pelo trecho que estava no trajeto programado. Acelerou, conseguiu chegar e acionou sua máquina moderníssima para a época. Realmente o carro de Kennedy passou, mas foi a toda em velocidade, com guarda-costas pendurados em outras viaturas e com a primeira-dama, Jackie Kennedy, toda ensanguentada, em meio a uma enorme confusão.
Kennedy havia sido baleado na cabeça entre o momento da passagem pela avenida Lemmon e a chegada à estrada Stemmons, na Dealey Plaza. O disparo destruíra sua cabeça, mas seus seguranças tentavam chegar de qualquer forma ao Parkland Memorial Hospital para salvá-lo. Foi em vão.
Por que tanto tempo ‘escondido’
A família Carpenter guardou as imagens dos momentos posteriores ao atentado como uma espécie de relíquia. No mesmo tolo de filme estava gravado o aniversário de uma das filhas de Dale. Ele morreu em 1991, quando tinha 77 anos, e a esposa e os descendentes após muitas conversas resolveram não se desfazer do material, nem torná-lo público.
No entanto, com o lançamento de documentários e obras sobre o assassinato mais famoso da história moderna nos últimos anos, a família decidiu que venderia o registro, que está nas mãos da RR Auction, em Boston, responsável por tocar as negociações daquele que pode ser o último vídeo sobre a morte de Kennedy ainda inédito.
Veja uma reportagem com trechos do registro: