TRAGÉDIA NO MAR MEDITERRÂNEO

Terror: Vítimas do iate de magnata inglês que afundou não morreram afogadas

Laudos das autoridades italianas explicam como quatro delas faleceram em decorrência de um fenômeno físico aterrorizante. Naufrágio do Bayesian foi na costa da Sicília

O megaiate Bayesian, que naufragou na costa da Sicília.Créditos: YouTube/Reprodução
Escrito en GLOBAL el

Os laudos emitidos pelas autoridades italianas relatando as causas das mortes das vítimas do naufrágio do megaiate Bayesian, de propriedade do bilionário britânico Mike Lynch, um magnata do ramo digital, que também faleceu no incidente, surpreenderam a todos. A embarcação foi a pique em 19 de agosto, perto de Palermo, na costa da ilha italiana da Sicília.

Por lógica, imagina-se que os ocupantes do iate de luxo teriam morrido afogados, uma vez que eles ficaram presos em compartimentos internos do barco, que afundou totalmente. Mas não, pelo menos no caso de quatro desses mortos.

Dois casais, Jonathan e Judith Bloomer e Chris e Neda Morvillo, ficaram de fato retidos num cômodo, mas eles não se afogaram, pois a água não invadiu o local. Ali formou-se uma grande bolha de ar. O lugar ficou hermeticamente fechado e eles morreram asfixiados após o oxigênio do interior do compartimento ser todo consumido pelas suas respirações. Na prática, uma morte terrível, lenta, consciente e agonizante.

As outras três vítimas fatais, o bilionário Mike Lynch, sua filha Hannah e o chef de cozinha Recaldo Thomas, morreram afogados, como seria normal num desastre do tipo. Houve ainda 15 sobreviventes no naufrágio, resgatados por barcos que estavam nas proximidades e por embarcações da Guarda Costeira da Itália, entre elas a esposa de Lynch e uma bebê de um ano que se safou junto com os pais.

Siga os perfis da Revista Fórum e do jornalista Henrique Rodrigues no Bluesky.