ARGENTINA

Efeito Milei: pobreza dispara 14 pontos em menos de um ano de governo

Inflação segue na casa dos 80% no acumulado desde janeiro e pode passar três digitos no ano

População argentina sofre com ajuste de Javier MileiCréditos: Reprodução redes sociais
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Um novo estudo da Universidade Católica Argentina (UCA) revelou que, no primeiro semestre de 2024, sob a presidência de Javier Milei, o índice de pobreza na Argentina aumentou para 55,5%, conforme dados do Observatório da Dívida Social Argentina.

Em 10 de dezembro de 2023, quando acabou o mandato do peronista Alberto Fernández, a pobreza atingia 41,7% da população. Ou seja, cresceu 14 pontos depois de alguns meses de governo Milei, atingindo mais da metade da população do país.

A indigência significa a impossibilidade de garantia de alimentos básicos, ou seja, extrema pobreza. Sob Milei, o índice passou de 11% para 17%.

A inflação acumulada entre janeiro e junho de 2024 foi de 79,8%, conforme o Indec. O relatório oficial do Índice de Pobreza para esse período será divulgado no dia 26 de setembro. O índice desacelerou nos últimos meses, mas deve seguir acima dos três dígitos para o ano de 2024.

Além disso, ainda de acordo com a UCA, cerca de 25 milhões de pessoas em áreas urbanas argentinas estão em situação de pobreza.

Além disso, a Cesta Básica Total (CBT), atingiu R$ 873.168 (US$ 624) em junho, um aumento de 76,1% no primeiro semestre.

“A situação é estrutural na Argentina. Se não houver aumento da produtividade e do emprego, não podemos pensar em uma redução desses níveis”, disse Agustín Salvia, diretor da OSDA-UCA, em declarações à imprensa.