VLADIMIR PUTIN

Nova doutrina nuclear aprovada por Putin é um recado duro ao Ocidente

Aprovada em parceria com outro país do leste europeu, nova medida é mais uma mensagem séria para a OTAN

Créditos: Isac Nóbrega/PR
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O presidente da Federação Russa Vladimir Putin anunciou uma reforma na doutrina nuclear da Rússia. A nova legislação para o tema altera as condições sob as quais o país pode considerar o uso de seu arsenal nuclear, o maior do planeta.

Após países ocidentais, em especial o Reino Unido, defenderem o uso de armas del ongo alcance contra territórios profundos dentra Rússia e de Belarus, a mudança - que já estava sendo discutida - foi confirmada.

A nova abordagem sugere que a Rússia está disposta a adotar uma postura mais agressiva em relação ao uso de armas nucleares, especialmente diante de ameaças percebidas à sua soberania.

Uma das principais mudanças na doutrina é a redução do limiar para a utilização de armas nucleares. Putin afirmou que qualquer ataque convencional ao território russo, especialmente se respaldado por uma potência nuclear, será considerado um "ataque conjunto", justificando assim uma resposta nuclear.

Essa nova definição amplia o escopo das circunstâncias que poderiam levar à retaliação nuclear, refletindo uma postura mais defensiva e reativa da Rússia.

Além disso, a doutrina agora inclui uma gama mais ampla de cenários que poderiam desencadear uma resposta nuclear. A Rússia poderá retaliar não apenas contra estados nucleares, mas também contra nações não nucleares que atuem com o apoio de potências nucleares, como os aliados da OTAN.

Outro ponto importante é a inclusão de Belarus no guarda-chuva nuclear da Rússia, haja vista a união confederativa entre Minsk e Moscou.

Essa estratégia visa consolidar a influência russa na região e enviar uma mensagem clara aos adversários sobre as consequências de qualquer ação considerada hostil.

As declarações de Putin são vistas como um aviso para evitar a escalada no conflito na Ucrânia, visando influenciar as decisões políticas ocidentais sobre o apoio militar à Ucrânia.