ALIANÇA CONTRA O EXTREMISMO

Lula lidera cúpula contra a extrema direita mundial em Nova York

Encontro de líderes globais é uma iniciativa do presidente brasileiro e de Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha

O presidente Lula.Créditos: Ricardo Stuckert
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera, junto ao primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, uma cúpula contra a extrema direita que reunirá líderes globais em Nova York, nos Estados Unidos, na próxima terça-feira (24).

Intitulado "Em defesa da democracia, combatendo o extremismo", o evento, que ocorrerá à margem da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU, visa debater formas de proteger as instituições democráticas contra movimentos extremistas e o impacto da desinformação nas sociedades contemporâneas.

Com representantes de 20 países, além de figuras importantes como o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o evento refletirá a crescente preocupação internacional com a ascensão do extremismo de direita.

O convite enviado por Lula e Sánchez aos líderes globais destaca recentes episódios antidemocráticos, como a invasão trumpistas ao Capitólio nos EUA e os atos golpistas de 8 de janeiro no Brasil. Os debates devem incluir tópicos como o uso das fake news como arma política, a manipulação da informação e a interferência externa em processos eleitorais, agravadas pelo avanço das tecnologias de inteligência artificial.

Além chefes de Estado como Emmanuel Macron (França), Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia), que já confirmaram presença, há expectativa pela participação do presidente americano Joe Biden, que recebeu um convite direto de Lula.  Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, também deve participar. 

O documento enviado aos participantes da cúpula ressalta a necessidade de um diagnóstico profundo das causas que alimentam o descontentamento popular e fortalecem o extremismo. Também se faz um alerta sobre a erosão de direitos básicos, como os das mulheres e da comunidade LGBT, e o aumento da intolerância e das desigualdades. 

Ao final do evento, espera-se que Brasil e Espanha divulguem um resumo dos debates, reafirmando seu compromisso com a defesa das instituições democráticas e o combate a ao extremismo.