IMPRESSIONANTE

Conheça a incrível história do avião que voou 120 km sem combustível

O caso entrou para a história da aviação e aconteceu com uma aeronave da companhia aérea Air Transat, do Canadá

Imagem Ilustrativa.Créditos: Wikimedia Commons
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A aviação guarda muitas histórias trágicas, mas também com finais felizes. Uma das mais impressionantes ocorreu em 2001. Um avião da companhia aérea Air Transat, do Canadá, teve de fazer um pouso de emergência, depois de ficar sem combustível e os motores pararem de funcionar.

No dia 24 de agosto de 2001, um Airbus A330 da empresa canadense pousou em Açores, em Portugal. O avião fazia, inicialmente, a rota entre o aeroporto internacional de Toronto, no Canadá, e o aeroporto de Lisboa. 

Depois de algumas horas, a tripulação do voo 236 percebeu um problema com o combustível. Os tanques das asas direita e esquerda apresentavam quantidades muito diferentes, que não era comum, pois o normal era que ambas carregassem mais ou menos a mesma quantidade para equilibrar o avião. 

A tripulação, então, passou a enviar combustível de uma asa para a outra. Porém, a iniciativa não deu resultado e um dos tanques se esvaziou completamente. A situação começava a piorar, porque havia um vazamento.

Diante do cenário, com a falta de combustível, a estratégia seria alterar o local de destino. A rota foi mudada para o aeroporto das Lajes, nos Açores, em Portugal, a cerca de 1.500 km de distância da costa continental da Europa.

Recorde mundial

A situação passou a ficar dramática quando, 40 minutos depois de a tripulação perceber o problema com o combustível, o motor direito parou. Logo em seguida, 13 minutos após, o motor esquerdo também deixou de funcionar.

Neste momento, a aeronave estava a 120 km do aeroporto e a cerca de 11 km de altitude. Só havia uma saída para evitar um acidente que vitimaria 306 pessoas a bordo: chegar ao destino planando.

E assim foi feito: depois de 19 minutos, às 5h45 do horário local, o avião pousou no aeroporto das Lajes.

Mas não foi fácil. O pouso provocou danos na estrutura da aeronave e nos trens de pouso. Mesmo assim, somente duas das 306 pessoas a bordo se machucaram.

O voo acabou detendo o recorde de voo planado mais longo da história feito com um avião de passageiros, de acordo com informações da coluna Todos a Bordo, no UOL.

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