COMO É?

Descoberta de “respiração pelo ânus” recebe um dos prêmios IgNobel 2024

Ok, esta não é a honraria que mais enaltece o potencial de um cientista, mas há pesquisas e revelações bem curiosas que valem a pena ser conhecidas

O apresentador do Prêmio IgNobel.Créditos: Annals of Improbable Research (AIR)/Reprodução
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O já tradicional Prêmio IgNobel, uma sátira ao glamuroso Nobel, o mais nobre dos galardões em todo o mundo, todo ano traz as mais bizarras e absurdas pesquisas e descobertas científicas para que as “pérolas” do universo acadêmico sejam conhecidas pelo grande público. Neste ano, não foi diferente.

Iniciado em 1991 pela revista de humor científico AIR (Annals of Improbable Research), com sede em Cambridge, no estado de Massachusets, nos EUA, o prêmio em 2024 foi entregue para alguns vencedores em diversas categorias, da mesma forma que ocorre com o Nobel. Uma das pesquisas, no entanto, chamou em especial a atenção: a possibilidade de respiração pelo ânus de alguns seres vivos.

Pois saiba que o estudo é real e apresentou descobertas significativas. Um grupo de cientistas do Japão, motivados pela crise sanitária devastadora gerada pela pandemia da Covid-19, resolveu pesquisar vários mamíferos para constar se eles seriam capazes de realizar a respiração utilizando o reto e o ânus. Foram alvos da empreitada científica ratos, camundongos, porcos, entre outros, e o mais assustador é que alguns desses animais têm a capacidade de absorver oxigênio por essas áreas do corpo.

Animados com a constatação, os japoneses autores da pesquisa agora iniciaram a fase de ensaio clínico em seres humanos, para ver se tal ‘habilidade’ também é uma realidade para a espécie, o que num futuro próximo seria uma revolução, em algum grau, para doenças que provocam insuficiência respiratória.

Mais prêmios para pesquisas ‘malucas’

Um estudo realizado por pesquisadores britânicos foi outro que chamou a atenção. Eles resolveram investigar a ocorrência dos chamados supercentenários, idosos que passam de 110 anos de idade. Ao cruzar dados eles perceberam que a ocorrência desse tipo de pessoa era muito comum justamente em zonas com baixíssimo histórico de registro de certidões de nascimento, que também são áreas com mais casos de fraude. Estava lançada a tese que induz à conclusão de que tais registros desses senhores e senhoras muito velhos sejam, na verdade, falsos.

O emprego de pombos como “guias para mísseis” foi outro caso de pesquisa científica que ganhou destaque no IgNobel 2024. Cientistas norte-americanos querem usar os bichinhos para fins militares, fazendo com que eles auxiliem mísseis disparados a chegarem com mais precisão a seus alvos.