Nos últimos dias uma série de manifestações violentas da extrema direita britânica miraram imigrantes no Reino Unido e ganharam a atenção da imprensa internacional tamanha a agressividade dos protestos. A English Defense League, organização abertamente fascista, é uma das principais organizadoras dos atos.
Os grupos de extrema direita se sentiram vitoriosos de certa maneira após o caos registrado nos últimos dias e resolveram marcar novas manifestações para esta quarta-feira (7). Eles já sabiam que o governo britânico mobilizaria um forte contingente policial, com cerca de 6 mil homens, para acompanhá-los. O que não contavam é que além da repressão oficial, também ocorreriam dezenas de contra-manifestações antifascistas em todo o país, que superariam os grupos de ódio nas ruas.
As convocatórias fascistas insinuavam que ocorreria ataques a mesquitas e comércios de propriedade de imigrantes. Em Londres, assim como em outras cidades, os moradores oriundos da imigração protegeram suas lojas e espaços culturais e religiosos com tapumes. Nas ruas, se juntaram aos próprios britânicos nas contramanifestações antifascistas.
As manifestações antifascistas funcionam como uma espécie de ‘repressão popular’, por meio de ação direta, aos fascistas ingleses. E superando-os em número, foram capazes de ofuscar as manifestações de ódio que, em alguns casos, sequer saíram do lugar e precisaram de proteção policial. Além disso, também fizeram questão de reivindicar junto às instituições que os responsáveis pelo vandalismo fascista dos últimos dias sejam punidos, assim como aqueles que cometerem crime de racismo.
“Eduquei meus filhos aqui, e não quero que eles sejam alvo de violência. Os imigrantes ajudaram a erguer esse país, e o racismo não é bem-vindo”, resumiu uma manifestante.
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