CAOS NA ARGENTINA

Paciência com Milei esgotou: 'Que se vaya al cara** la libertad de mercado'

Aumento do custo de vida e do desemprego está deixando a Argentina à beira do colapso, o que está fazendo administradores de pequenas cidades perderem a paciência com Milei

Créditos: Prefeitura de Casteli
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Começa a se aproximar a passos largos o fim do prazo de validade do governo Javier Milei. Milei, como outros títeres do mercado financeiro, foi colocado no governo para fazer serviço semelhante ao exercido pelos governos Temer e Bolsonaro no Brasil: exterminar direitos, destruir as empresas e o estado, e dar todo o poder ao mercado financeiro.

Como na famosa frase de Bolsonaro nos EUA, nos primeiros dias de seu governo, em março de 2019:

 

É o que tem feito Milei na Argentina, destruindo empresas, empregos e levando o povo à miséria e à fome de tal modo que a paciência do argentino, o chamado voto de confiança, está se esgotando.

 

O prefeito de Castelli, pequena cidade de Buenos Aires, Francisco Echarren, descarregou sua fúria contra Milei na Rede X:

 

"Que se vaya al carajo la libertad de mercado": Francisco Echarren, intendente de Castelli, anunció un bono de $100 mil para jubilados, y una exención del 80% en tasas municipales para comercios.
 

"Deixe a liberdade de mercado ir para o inferno": Francisco Echarren, prefeito de Castelli, anunciou um bônus de US$ 100 mil para aposentados e uma isenção de 80% em impostos municipais para empresas.

 

 

Numa entrevista ao Página 12, Echarren exemplificou o que o furacão Milei está fazendo na Argentina:

 

"Um açougue que pagava 100 mil pesos pela luz em dezembro, hoje paga um milhão de pesos por esse serviço, mas ainda por cima tem 60% menos vendas e um aumento de 200% no custo do aluguel, só em agosto."

Por Castelli ser um município pequeno e interiorano, é possível enxergar as consequências das decisões do governo Milei mais rapidamente do que numa grande cidade, onde tudo está numa escala diferente. 

 

A realidade é que os comerciantes estão derretendo como cera com as políticas de Javier Milei. 

 

"As avós voltam aos caixas das lojas, funcionários são demitidos e a família volta a comandar o negócio, algo que não se via desde o primeiro período do governo de Mauricio Macri."


As eleições legislativas no ano que vem, quando políticos terão que prestar contas pessoalmente a seus eleitores, pode ser o ponto final do governo Milei.

 

Logo, o mercado financeiro, destruídas as barreiras estatais, operando livremente, vai descartar Milei para evitar uma convulsão social, como aconteceu no Brasil. Aí será o fim de Milei e seus cachorros conselheiros. 

Os argentinos que sobreviverem até lá.