A União Europeia afirmou neste domingo (4) que não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro - confirmada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Por meio de um comunicado, o órgão também cobrou uma verificação independente para atestar se o líder chavista ou o opositor Edmundo González obteve a maioria dos votos no país.
No texto, a União Europeia destacou que o CNE, apesar de ter se comprometido divulgar as atas das zonas eleitorais, ainda não o fez. Por conta disso, os resultados anunciados no dia 2 de agosto não podem ser reconhecidos.
No sábado (3), um grupo de sete países europeus divulgou uma declaração conjunta e pediu que a Venezuela divulgue as atas da eleição presidencial de 28 de julho para "total transparência e a integridade do processo eleitoral".
A declaração foi assinada por Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal. O grupo afirma que segue acompanhando de perto a situação e apoia o "apelo do povo venezuelano pela democracia e a paz." Posição similar à tomada por Brasil, Colômbia e México.
A UE segue o posicionamento dos EUA, que na quinta-feira (1) divulgou nota à imprensa do secretário de Estado, Anthony Blinken, em que reconhece a vitória eleitoral de Edmundo González Urrutia.
Também no sábado, Caracas, capital da Venezuela, foi tomada por manifestantes menos de uma semana depois das eleições presidenciais, milhares de pessoas foram às ruas ou para defender a vitória do presidente Maduro ou para pedir a saída do mandatário.
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