O presidente da Argentina, Javier Milei, está envolvido em uma crise após retuitar uma postagem no X sobre um grave crime envolvendo pedofilia no país.
O deputado do partido de Milei Germán Kiczka está foragido após ser acusado de possuir aproximadamente 600 arquivos pornográficos envolvendo menores.
Depois dessas acusações, Kiczka perdeu sua imunidade parlamentar e não está mais recebendo seu salário mensal como legislador. Ele é procurado pela Interpol.
A situação se agravou com a divulgação de uma gravação de áudio em que ele confessa sua culpa pelos crimes. Kiczka está atualmente fugindo das autoridades e é considerado um fugitivo devido à investigação em andamento sobre essas graves alegações.
O que se faz quando um deputado da sua base é acusado de pedofilia? Para Javier Milei, isso pode ser motivo de piada.
O presidente argentino curtiu e repostou um tweet criado por um apoiador que traz a foto de Kiczka com um deputado de um partido de oposição.
O deputado é visivelmente mais baixo que Kiczka. A piada: "Evidência gráfica do deputado pedófilo de Misiones querendo abusar de um menino”, diz a mensagem que Milei compartilhou junto com uma foto do membro do seu partido ao lado de Martín Tetaz, da União Cívica Radical (UCR).
Enquanto isso, o governo argentino enfrenta uma guerra interna entre a vice-presidente Victoria Villaruel e o presidente Javier Milei, o que tem travado todos os projetos legislativos do governo.
Além disso, uma parte da base do partido de Milei quer anistiar e perdoar os criminosos da ditadura militar argentina, o que tem gerado mais uma crise para o governo.
Em setembro, serão publicados os dados do Indec - o IBGE argentino - que revelarão índices de desemprego, miséria e PIB do primeiro ano do governo Milei.