CRIME ORGANIZADO

Marinha da França apreende 10 toneladas de cocaína com grupo de brasileiros em barco

Abordagem ao veleiro foi no Mar do Caribe, nas proximidades do território francês da Martinica. Havia ainda colombianos e um venezuelano

Tropa da armada francesa com a cocaína apreendida com brasileiros.Créditos: Forças Armadas nas Antilhas (França)/Divulgação
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Um navio-patrulha da Marinha da França apreendeu 10 toneladas de cocaína após abordar um veleiro onde estavam seis cidadãos brasileiros, dois colombianos e um venezuelano, no Mar do Caribe, a cerce de mil quilômetros da costa da Martinica, um território ultramarino francês. A ação ocorreu em meados deste mês de agosto, mas só foi tornada pública agora.

De acordo com o informe emitido pelas Forças Armadas nas Antilhas (FAA), o corpo militar da armada francesa que opera na região do Caribe, a embarcação de guerra La Confiance detectou o veleiro suspeito nos radares e se aproximou dele na madrugada de 15 de agosto. Em ingressarem no barco, os militares franceses encontraram 300 fardos do entorpecente acondicionados numa espécie de compartimento de carga. Todos os ocupantes foram presos e encaminhados a Fort-de-France, a capital administrativa da Martinica.

Veleiro onde estavam os seis traficantes brasileiros, além de dois colombianos e um venezuelano

A Justiça da República Francesa na ilha sob domínio do país europeu abriu uma investigação por tráfico de drogas e organização criminosa e manteve a prisão preventiva dos nove homens que estavam no veleiro. Essa foi a segunda maior apreensão de cocaína já realizada pela Marinha da França nos oceanos onde opera.

Um teste realizado com reagente químico comprovou que, de fato, a carga se tratava de pasta base do narcótico. “No total, os fardos apreendidos representavam um peso sem precedentes de 10.552 quilos, a segunda maior apreensão da Marinha francesa”, confirmou uma fonte local do governo.

Segundo um levantamento das autoridades de Paris, 55% de toda a cocaína que entra na França continental, na Europa, provém de embarcações que navegam a partir das Antilhas e da Guiana Francesa, dois territórios de ultramar com proximidade geográfica dos grandes cartéis e organizações criminosas da Colômbia e do Brasil.