Rafael Grossi, o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), levantou alarmes significativos sobre a segurança da Usina Nuclear de Kursk, na Rússia, em conversa com jornalistas nesta terça-feira (27).
A preocupação vem após os ataques ucranianos na região. Após sua recente visita à usina a convite dos russos, Grossi afirmou que a proximidade de combates ativos representa um sério risco de um "incidente nuclear".
A Usina Nuclear de Kursk está localizada a aproximadamente 40 quilômetros da linha de frente do conflito entre as forças russas e ucranianas.
Apesar das tensões crescentes, Grossi observou que a usina está operando sob "condições quase normais". No entanto, ele enfatizou que esse status é precário, dada a atividade militar nas proximidades.
A AIEA tem monitorado a situação de perto, especialmente após relatos de destroços de drones encontrados perto da instalação, que a Rússia afirma estar ligados a ataques ucranianos.
"O perigo ou a possibilidade de um incidente nuclear claramente surgiu", disse Grossi em entrevista.
Na quinta-feira da semana passada (22), o presidente da Rússia Vladimir Putin afirmou que "o inimigo tentou lançar ataques à usina nuclear hoje de madrugada".
As forças ucranianas ocupam uma pequena parte do território da província de Kursk desde a semana passada.