DONALD TRUMP

Kamala faz "campanha das estrelas" com Oprah e Stevie Wonder; Trump tenta responder

Republicanos fazem manobra política para conseguir apoio inusitado e tentam conter "onda azul"

Wonder, Oprah e Tim Walz, vice, em comício pró-KamalaCréditos: Reprodução/Youtube/CSPAN
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O jogo virou. Se após o atentado contra Trump em Butler, na Pensilvânia, muitos acreditavam que a eleição para presidente dos EUA havia sido vencida pelos republicanos, hoje, as chances favorecem a candidata governista, Kamala Harris.

A convenção do Partido Democrata em Chicago que ocorre nesta semana tem sido um espetáculo midiático. Ácidos discursos de Barack e Michelle Obama, falas intensas de figuras como o vice-presidente da chapa Harris, Tim Walz, além da histórica presença de artistas no evento, como Stevie Wonder e Oprah.

A energia da campanha de Harris está em altíssimo nível, com o partido altamente mobilizado em torno de uma vitória contra Donald Trump. A virada nas pesquisas majoritárias - ao nivel nacional - e o crescimento nos estados chave - Pensilvânia, Georgia, Carolina do Norte e Winsconsin - mostram que uma onda azul pode estar chegando a Washington.

Donald Trump tem entado reforçar seu apoio entre a extrema direita com seu parceiro de campanha, Elon Musk, mas, simultaneamente, tem enfrentado problemas para tentar virar a maré para o seu lado. A nova estratégia da campanha Trump é 100% política.

Segundo a CNN, a campanha Trump conseguiu convencer o ex-democrata e candidato de "terceira via" Robert F. Kennedy Jr. a abandonar a corrida.

RFK, como é conhecido, teria aceitado desistir da candidatura e apoiar Trump para entrar como secretário em uma possível gestão de extrema direita. Nos melhores cenários, ele tem cerca 10% dos votos. A aposta da campanha republicana é que seu endosso a Trump pode trazer alguns eleitores nos estados em disputa.

O cenário acirradíssimo que se desenrola nos estados mostra que todo voto vai contar. Mas uma onda azul com alto entusiasmo e grande participação democrata em 5 de novembro pode ser difícil de frear. O apoio marginal que RFK pode levar a Trump pode ser importante, mas será o suficiente para barrar a máquina dos Obamas?