Nesta semana, o número de mortos pelo regime israelense na Faixa de Gaza atingiu a macabra marca de 40 mil. Esse número assombroso supera o total de assassinatos cometidos durante a Nakba, a Guerra do Líbano e todos os outros conflitos entre sionistas e palestinos. Estima-se que 2% da população de Gaza tenha sido assassinada, sem contar os mais de 10 mil desaparecidos, que provavelmente estão presos sob escombros.
Enquanto isso, a política interna de Israel também enfrenta uma crise. Desde o ano passado, o governo de Benjamin Netanyahu tenta modificar o sistema judiciário do país para ter mais controle sobre a nomeação de juízes e reduzir o equilíbrio dos poderes israelenses.
Se o extremista conseguir impor suas leis para alterar a composição da magistratura israelense, Israel poderá estar caminhando rapidamente para se tornar uma ditadura teocrática.
Para manter-se no poder, Netanyahu não tem intenção de frear o genocídio contra os palestinos ou a guerra multidimensional de Israel contra o Líbano, Irã e Iêmen.
A máquina de guerra israelense avança além do estado de apartheid. Internamente, a instalação de uma ditadura permite que o regime de Netanyahu e os religiosos da ultradireita se mantenham no poder.
Esses dois movimentos se alimentam mutuamente: com um governo de ultradireita, o genocídio palestino é intensificado; com o genocídio intensificado, a ultradireita justifica sua permanência no poder.
A esquerda israelense clama por uma coalizão de frente ampla, como a falida tentativa liderada por Yair Lapid, que governou Israel por menos de dois anos antes de Netanyahu retornar ao poder. No entanto, novas eleições só podem ser convocadas em outubro de 2026.
A situação é sombria para todos os que se opõem ao genocídio israelense. E ainda pior para os palestinos, que estão sendo bombardeados e assassinados pelo regime de Netanyahu.