Em uma carta endereçada aos membros do seu próprio partido, o presidente dos EUA Joe Biden afirmou estar convicto de que continuará sendo o candidato à reeleição contra Trump neste ano.
Após o fracasso no debate no último dia 27 de junho, a pressão pela retirada do democrata da disputa se intensificou, com inúmeros doadores de campanha pedindo a desistência do atual mandatário.
Personalidades como a herdeira do Walmart, Christy Walton, com uma fortuna de US$ 14 bilhões, e Abigail Disney, herdeira da Disney, se juntaram a outros bilionários para pedir que Biden desista da disputa.
Mega doadores do Vale do Silício, como Ron Conway e Laurene Powell Jobs, também expressaram preocupação com o que descreveram como uma possível catástrofe: a continuidade de Biden no pleito.
Nova narrativa
No novo comunicado, Biden tenta afirmar que estes doadores são uma elite antipopular que tenta retirá-lo das urnas contra a vontade do povo.
O argumento é de que Biden venceu as primárias do partido - em que não foi contestado por nenhum candidato sério e não houve debate - e, portanto, teria uma base forte, sendo apoiado por 87% dos democratas.
Ele afirma que quem o apoia e quem irá votar nele "não é a imprensa, nem os especialistas, nem os grandes doadores, mas os eleitores”.
A carta adota um tom acintoso contra os próprios parlamentares democratas que não apoiam a reeleição de Joe Biden, afirmando que eles não trabalham pela "unidade contra Trump".
A realidade é que muitos eleitores estão abandonando o barco de Joe, com uma queda expressiva dos democratas na corrida. Do outro lado, Trump segue estável como o candidato dos Republicanos.
Kamala Harris e Michelle Obama pontuam melhor que Biden nas pesquisas, e pelo menos um terço dos eleitores democratas já afirmaram que desejam que Biden saia do tíquete.