Principal líder da oposição na Venezuela, a empresária Marina Corina Machado, sem apresentar provas, declarou que as eleições na Venezuela foram vencidas pelo principal candidato opositor, Edmundo González.
As eleições na Venezuela estão sendo acompanhadas por 800 observadores do mundo inteiro, além da Fundação Carter, do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter.
Tudo o que existe de concreto sobre as eleições presidenciais naquele país até o momento é a declaração do Conselho Nacional Eleitoral, que deu vitória ao atual presidente Nicolás Maduro, que teria sido reeleito com 51,2% de votos contra 44,2% de Edmundo González Urrutia.
Corina convocou uma coletiva de imprensa e citou dados de pesquisas de boca de urna (que são pesquisas e não votos na urna), que teriam dado vitória a Edmundo. Eles teriam feito também um "acompanhamento das urnas", sem explicar como isso foi feito, já que não foram abertas as atas, que indicariam a tal vantagem de Edmundo.
Enquanto não são abertas as atas e o acesso dos observadores internacionais à manifestação dos venezuelanos nas urnas, o que se tem de concreto é a manifestação do CNE e a contestação da oposição da extrema direita, que age assim em todo o mundo, sempre que perde as eleições, como o provam Trump e Bolsonaro, por exemplo.
A coletiva de Corina é parte de uma narrativa que visa desestabilizar a Venezuela e colocar um títere, como antes tentaram com Juan Guaidó, para entregar a PDVSA, petroleira da Venezuela, nas mãos das multinacionais no petróleo.
Quando Corina cita pesquisas de boca de urna, esquece de citar as que deram vitória Maduro. E não diz quais foram as que indicaram vitória de Edmundo.
Nem precisa. Interessa para a direita a narrativa que querem impor. Mentir faz parte de seu jogo, como o prova diariamente nosso maior mentiroso, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A narrativa de fraude nas eleições na Venezuela é costumeira, mas nunca foi provada.
Leia aqui reportagem de Luiz Carlos Azenha sobre quem é Maria Corina Machado.