Alheio à posição do mundo sobre o genocídio dos palestinos em Gaza, o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu viaja aos Estados Unidos para pedir mais armas e apoio para uma solução final em favor de Israel em Gaza.
É o que ele afirma antes do embarque, que "vai consolidar o apoio bipartidário, que é tão importante para Israel. Independentemente de quem o povo americano escolher como o seu próximo presidente Israel continua a ser o aliado forte e indispensável dos Estados Unidos no Oriente Médio".
Quer se encontrar também com o presidente Biden, que renunciou a sua candidatura à reeleição, para "lhe agradecer o que fez por Israel na guerra e durante seus mandatos como Senador, vice-presidente e presidente".
E o mais importante:
"Discutir com ele a forma de avançar nos meses críticos que se avizinham, os objetivos que são importantes para os nossos dois países: conseguir a libertação de todos os nossos reféns, derrotar o Hamas, confrontar o eixo terrorista do Irã e assegurar a todos os cidadãos israelenses suas casas no Norte e no Sul neste tempo de guerra e incerteza."
Ou seja: continuar o genocídio, usando como escudo a extinção do Hamas, que ele sabe impossível, a extensão da guerra ao Irã e a posse de terras palestinas, que já foi condenada pela ONU, que quer que Israel devolva todas as terras ao cenário que existia em 1967.
A Corte Internacional de Justiça (CIJ) tomou uma decisão histórica nesta sexta-feira (dia 19) ao declarar que a ocupação de Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, bem como seus assentamentos nesses locais, violam o direito internacional. Trata-se da posição mais abrangente já adotada pelo tribunal mais alto do mundo sobre um assunto que tem sido tema de debates e resoluções na Organização das Nações Unidas (ONU) há décadas.
A Corte emitiu uma opinião consultiva que, embora não vinculante, tem autoridade e peso legal. É improvável que afete a política israelense, mas pode moldar a opinião internacional.
É bom lembrar também que Netanyahu tem um pedido de prisão feito pelo Procurador do Tribunal Penal Internacional.
As palavras de Netanyahu: