O número de golpistas investigados ou condenados pelos atos antidemocráticos de 2022 e 2023, que estão foragidos e tentam asilo político na Argentina dobrou e chegou a 120, segundo estimativas da Polícia Federal (PF). Ao todo, a PF aponta que são cerca de 180 foragidos, muitos dos quais já estão no país vizinho.
No mês passado, a PF já havia divulgado que ao menos 60 pessoas pediram refúgio ao país vizinho, que passou a ser governado pelo extremista Javier Milei em dezembro passado e se tornou o principal destino de fuga para os golpistas.
Te podría interesar
De acordo com a PF, ao pedir o refúgio, os golpistas alegam que estão tendo “direitos fundamentais violados ou em risco” no Brasil devido às investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos antidemocráticos. Os requerimentos adquiridos garantem permanência provisória na Argentina.
A investigação também aponta que os golpistas fogem não só para a Argentina, mas também para o Uruguai, o Paraguai e o Peru. Para evitar a condenação no Brasil, eles deixam de se apresentar à Justiça e danificam suas tornozeleiras eletrônicas.
Te podría interesar
Para chegar à Argentina, os golpistas utilizam meios terrestres e fluviais. Alguns optam por passar pelo Rio Grande do Sul até o Uruguai e então pegar um barco para Buenos Aires, a capital argentina, onde está localizada a maioria dos golpistas.
A PF obtém informações através da colaboração das polícias dos países vizinhos. A partir da identificação dos golpistas, uma lista é enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e então ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça.