Mais cedo, noticiamos nesta coluna China em Foco que a China conseguiu receber de volta o módulo lunar da missão Chang'e 6 com sucesso na manhã desta terça-feira (25).
A missão coletou basalto da Lua e um artigo publicado hoje mostra quais são algumas das poissibilidades que esta descobrta pode causar na ciência.
A Chang'e 6 foi a primeira missão do mundo a chegar no chamado lado escuro da Lua, região que nunca foi acessada por missões lunares de outros países.
O material coletado pela Chang'e-6 trará provavelmente é um basalto de 2,5 bilhões de anos atrás, explicam pesquisadores em um artigo publicado na revista The Innovation.
A partir de amostras geológicas, os pesquisadores chineses poderão ter dados fundamentais para o estudo da evolução geológica da Lua e prover dados ainda desconhecidos sobre a história do satelite.
"Há diferenças significativas entre o terreno, a espessura da crosta lunar, a atividade magmática e a composição dos lados visível e oculto da Lua. A Chang'e-6 obteve amostras do lado oculto da Lua pela primeira vez, o que se espera que revele uma das questões científicas mais fundamentais na pesquisa lunar: o que causa as diferenças entre os dois lados da Lua?" disse Yue Zongyu, primeiro autor do estudo e pesquisador do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências, em um comunicado enviado pela Cell Press ao jornal chinês Global Times.
"O que mais espero é que as amostras trazidas pela Chang'e 6 contenham alguns materiais de fusão por impacto das crateras de impacto Apollo e da bacia SPA (fragmentos produzidos quando corpos celestes menores impactam a Lua), que podem fornecer pistas cruciais para estudar o fluxo de impactos primitivos na Lua. Uma vez que obtivermos essa informação, não só ajudará a esclarecer o papel dos impactos de meteoritos primitivos na formação da Lua, mas também terá implicações significativas na análise da história inicial de impactos no sistema solar", observou Yue.
Com informações de Global Times.