Não são boas as notícias para os bolsonaristas fujões condenados pela tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, que fugiram do Brasil para a Argentina na esperança de solidariedade do presidente de extrema direita de lá, Javier Milei.
Só se esquecem de um detalhe: os líderes de extrema direita são piores do que os mineiros da célebre frase do jornalista, dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, que diz que "O mineiro só é solidário no câncer". A extrema direita nem no câncer. É cada um por si e todos ajudando o líder, seja ele Mussolini, Hitler, Bolsonaro ou Milei.
O próprio mito, que os levou ao desatino da tentativa de golpe de Estado, tratou de tirar da reta e a única atitude que tomou foi a de pedir um PIX para si mesmo para pagar seus advogados.
Sete bolsonaristas fujões já apresentaram um pedido à Comissão Nacional de Refugiados da Argentina para obter o estatuto de refugiado político, o que lhes permitiria escapar às penas da Justiça brasileira.
Mas, por que Milei compraria uma briga com o governo brasileiro com a Argentina na penúria em que se encontra, tendo que se socorrer outro dia do gás brasileiro para não deixar a população na seca?
O porta-voz de Milei Manuel Adorni deu um banho de água fria nos bolsonaristas dizendo que o governo Milei vai lavar as mãos e deixar a decisão com a Justiça argentina.
Ele rejeitou nesta quarta-feira (19) a possibilidade de existir um “pacto” para permitir a impunidade dos militantes de Bolsonaro que fugiram do Brasil e que estão ou podem estar na Argentina.
“Não fazemos pactos de impunidade com absolutamente ninguém, nem nunca o faremos ” , disse o porta-voz quando questionado durante a sua habitual conferência de imprensa. "Na verdade, é uma questão judicial . A justiça tomará as medidas correspondentes quando chegar a hora de tomá-las e nós as respeitaremos como respeitamos cada decisão judicial." [RT]
Por sua vez, o governo brasileiro já enviou à Argentina um pedido de relatório sobre os 143 fugitivos condenados e seu reenvio ao Brasil para se apresentarem à Justiça brasileira.
Dificilmente a Corte Suprema de um país democrático desrespeita decisão de outra, ainda mais em se tratando de nações amigas e vizinhas, como Brasil e Argentina.
Portanto os bolsonaristas fujões vão ter que "orar para pneu", "aguardar as próximas 72 horas" ou fugir para outro país enquanto há tempo.