CONDENAÇÃO À CARNIFICINA

O mundo responde Israel: ONU condena ataque sionista e Espanha reconhece estado palestino

Guiado por Lula, Pedro Sánchez reconhece Palestina "do rio ao mar"; sionismo perde politicamente, mas será parado?

Benjamin Netanyahu segue cada vez mais isoladoCréditos: Secretaria de Imprensa do Kremlin
Escrito en GLOBAL el

Após o massacre em Rafah em que o Exército de Defesa de Israel incendiou mulheres e crianças palestinas vivas, a comunidade internacional acumula respostas questionando a hegemonia do sionismo no sistema internacional.

O secretário geral da ONU, António Guterres, publicou uma nota afirmando que "condena as ações de Israel que mataram dezenas de civil que buscavam simplesmente um abrigo para escapar deste conflito mortal".

Antonio Guterres, secretário geral da ONU, condenou Israel (Reprodução/Twitter)

O Conselho de Segurança da entidade convocou uma reunião de emergência para avaliar a siutação. Resta saber se os EUA apoiariam uma força de intervenção para impedir a continuidade do genocídio em Gaza.

Segundo a ONU, até o momento, são mais de 10 mil órfãos, um milhão de palestinos sem casa, 5% da população morta, ferida ou desaparecidas. No total, segundo o ministério da saúde de Gaza, são pelo menos 36 mil mortos em Gaza, sendo mais de 15 mil menores de idade.

EUA, Alemanha e outras entidades apresentaram algumas condenações contra o estado de Israel, mas a maior derrota contra o sionismo foi imposta pela Espanha.

Reconhecimento espanhol

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta terça-feira (28), em comunicado oficial, que a Espanha se soma a 144 países no mundo e vai reconhecer o estado palestino.

Pedro Sánchez e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Madri reconhecerá a Palestina em seus territórios de 1967, que incluem a Cisjordânia ocupada e a Faixa de Gaza, "do rio ao mar", como destacou Yolanda Díaz, Ministra do Trabalho e Economia Social da Espanha.

Vale lembrar que Pedro Sánchez passou a adotar uma posição mais enfática pró-Palestina após se encontrar com o presidente Lula, liderança pioneira do Sul Global na defesa da paz e da implementação de um estado palestino, ainda em 2022.

 

A reação de Katz

Em resposta ao reconhecimento espanhol, Israel Katz, o Ministro dos Negócios Estrangeiros sionista - aquele que atacou Lula -, tomou medidas diplomáticas contra Madri.

A partir de agora, o consulado espanhol em Jerusalém está proibido de atender os palestinos residentes na Cisjordânia. Esta decisão foi anunciada na sexta-feira, 24 de maio de 2024, e entra em vigor a partir de 1º de junho de 2024.