A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) denunciou em nota, nesta segunda-feira (27), os ataques israelenses contra sua sede e a cidade de Rafah, em Gaza.
Neste fim de semana, Israel atacou a região, causando mortes de mulheres, crianças e trabalhadores humanitários. Uma imagem em especial tem chocado o mundo: um bebê é carregado por sua mãe com sua cabeça completamente destruída pelas bombas israelenses. Há relatos de mulheres incendiadas pelas forças israelenses.
Os ataques vieram depois da decisão da Corte Internacional de Justiça que ordenava o fim da operação militar em Rafah.
Israel ignorou completamente a decisão do direito internacional na corte da ONU.
E seu mais grave ataque foi contra um centro de refugiados da UNRWA.
A agência se manifestou em nota.
"As informações provenientes de Rafah sobre novos ataques a famílias que procuram abrigo são horríveis. Há relatos de causalidades em massa, incluindo crianças e mulheres entre os mortos Gaza é o inferno na terra. As imagens da noite passada são mais uma prova disso", afirma.
"Não temos uma linha de comunicação estabelecida com os nossos colegas no terreno. Não podemos confirmar a sua localização e estamos extremamente preocupados com o seu bem-estar e com o bem-estar de todas as pessoas deslocadas que se abrigam nesta área. Nenhum lugar é seguro. Ninguém está seguro", completou a agência.
É hora de uma força de paz
Com os horrores em Rafah, nenhuma cidade se tornou segura na Faixa: são mais de 36 mil mortos, equivalente a quase 2% da população de Gaza morta.
A Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) emitiu uma nota urgindo por uma missão de paz internacional da ONU para barrar a carnificina na região.
Em nota chamada "A humanidade precisa parar “israel” como parou o nazismo: pelas armas", a Fepal defende a criação de tal missão para agir contra os israelenses.
"Que seja construída uma força internacional de paz, com força bélica suficiente para colocar freio à máquina assassina de “israel”. Para impor imediato cessar-fogo. Para encarcerar todos os implicados no genocídio palestino", afirma a nota.