Uma reportagem do jornal estadunidense Washington Post revelou que diversos bilionários e milionários pró-Israel pressionaram o prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams, a reprimir violentamente os protestos pró-Palestina ocorridos em Columbia, no City College e em outras universidades da cidade.
Segundo o WaPo, um grupo de WhatsApp com Adams e doadores de campanha bilionários tinha diversas mensagens com pressões pró-Israel ao prefeito para repressão em Columbia.
O discurso era o seguinte: como o bilionário doou para a campanha de Adams, o prefeito de Nova York deveria atender os seus pedidos.
“Um membro do grupo de bate-papo do WhatsApp disse ao Post que doou US$ 2.100, o limite máximo legal, para Adams naquele mês”, afirma a reportagem.
“Alguns membros também se ofereceram para pagar investigadores particulares para ajudar a polícia de Nova York no tratamento dos protestos, mostra o registro do bate-papo – uma oferta que um membro do grupo relatou no bate-papo que Adams aceitou", afirmou.
Os protestos em Columbia foram encerrados na semana retrasada após uma duríssima repressão da polícia nova-iorquina. O principal interesse dos bilionários é manter a opinião pública a favor de Israel.
Os EUA tem passado por uma crise sobre suas relações com Israel, que tem dificultado a relação entre uma classe política extremamente sionista e uma população que não acredita mais em Telavive.
Nova York, uma das cidades que mais envia colonos de extrema direita para assentamentos israelenses na Palestina, sempre se vendeu uma cidade pró-sionismo.
Contudo, isso mudou nos últimos anos com novas ondas de imigrações e crescimento de uma esquerda política na cidade. Agora, a classe mais alta de Manhattan mostra que controla o prefeito de Nova York como uma marionete.