Temendo uma derrota eleitoral em novembro, o presidente Joe Biden abriu hoje uma guerra comercial contra a China, impondo 100% de tarifa na importação de carros elétricos chineses, o que beneficia a Tesla do bilionário Elon Musk.
Biden também impôs 50% de tarifa em painéis solares, 50% em semicondutores e 25% no aço e alumínio chineses.
A justificativa de Biden é um disparate para um país que se considera o paraíso do livre mercado.
No X, ele escreveu:
A China está determinada a dominar estas indústrias. Estou determinado a garantir que a América lidere o mundo nelas.
Ou seja, seria uma liderança arrancada à força.
MANIPULAÇÃO ELEITORAL
Em recente visita à China, o secretário de Estado Antony Blinken havia reclamado da suposta "overcapacity" da indústria chinesa, que permitiria a Beijing inundar o planeta com suas mercadorias subsidiadas pelo Estado.
Biden, numa difícil campanha de reeleição, quer atrair votos dos trabalhadores de estados industriais que podem ser decisivos em novembro, especialmente na Pensilvânia e Michigan.
A pesquisa mais recente, de um instituto confiável, mostra Donald Trump liderando em 5 de 6 chamados "estados-pêndulo".
O republicano tem 49% a 42% no Arizona, 49% a 39% na Geórgia, 49% a 42% em Michigan, 50% a 38% em Nevada e 47% a 44% na Pensilvânia. Biden lidera por 47% a 45% em Wisconsin.
Um analista do New York Times, um dos patrocinadores da pesquisa, registrou que Trump ganhou votos entre jovens, negros e hispânicos.
HIPOCRISIA NA UCRÂNIA
Na visita à China, Blinken também cobrou que o governo de Xi Jinping deixe de fornecer a Moscou peças e equipamentos que podem ser usados pela indústria militar russa para a guerra na Ucrânia.
Na época, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, rejeitou duramente a acusação:
São os Estados Unidos e não a China que enviam incessantemente armas para o campo de batalha. Pedimos aos Estados Unidos que reflitam seriamente sobre suas próprias ações e façam mais para aliviar a situação, promovam a paz e o diálogo e parem de transferir culpas e espalhar informações falsas.
Hoje a China confirmou que receberá o presidente russo Vladimir Putin para uma visita de Estado nos dias 16 e 17 próximos.