TERRORISMO

Estado Islâmico ameaça jogos da Champions League

Depois de ataques na Rússia e no Irã, jogos das quartas da Champions seriam alvos de terroristas

Parque dos Príncipes ou Parc des Princes, um dos maiores estádios da França e casa do PSGCréditos: Arne mueseler
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Nesta segunda-feira (8), diversos sites de inteligência tem alertado para a possibilidade de um atentado do Estado Islâmico do Khorasan (ISIS-K) nas principais capitais europeias por conta dos jogos das quartas-de-final da Champions League.

Nesta semana, haverá jogos no Parc de Princes (Paris), no Santiago Bernabéu e no Cívitas Metropolitano (Madrid), além do Emirates Stadium (Londres).

Dois veículos ligados ao Estado Islâmico no Khorasan publicaram uma imagem com a data dos jogos, o logo do grupo e a frase ‘Kill ‘em all’ (Mate todos eles).

Sites de inteligência anti-terrorista afirmam que a imagem têm circulado em grupos de Telegram e possuem autenticidade. O SITE Intelligence Group, uma das principais consultorias sobre o tema, confirma a veracidade das imagens.

No último dia 30 de março, antes do jogo entre Borussia e Bayern de Munique, o site Sarh al Khilafah, considerado um ‘porta-voz’ do ISIS-K também enviou um pedido para um atentado assassino na Alemanha.

Em 9 de novembro de 2015, o grupo cometeu um atentado coordenado no Stade de France, em Saint Denis, após não conseguir entrar em um jogo entre França e Holanda. Na mesma noite, ocorreram os atentados no Bataclan e em diversos restaurantes em Paris, que deixaram 138 mortos.

O que é ISIS-K

O Estado Islâmico no Khorasan é o nome do grupo jihadista na área do chamado ‘Coração’, território histórico que engloba o Cazaquistão, Uzbequistão, Quirgistão, Tajiquistão, Afeganistão, Paquistão e se estendendo até a Índia.

O ISIS-K foi o responsável pelo atentado no Crocus City Hall em Moscou que deixou mais de 140 mortos e centenas de feridos. Atualmente, a Rússia investiga uma possível ligação entre o grupo e a Ucrânia.

A entidade tinha desviado suas operações nos últimos anos com foco no Afeganistão, Paquistão e outros países da Ásia Central, além do Irã, onde reivindica ataque que deixou mais de cem mortos durante a cerimônia de aniversário de morte do general Qassem Soleimani.