QUÍMICA

Além do Lítio: substância produzida no Brasil pode trazer interesse internacional

Componente químico importante na produção de armas e foguetes está em falta no estoque internacional

Nitrocelulose se tornou uma das principais batalhas da União EuropeiaCréditos: Aleksander Sobolewski
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Você já ouviu falar em nitrocelulose? Essa substância química, também conhecida como pólvora sem fumaça ou algodão-pólvora, é um material altamente inflamável feito de celulose de algodão.

Pólvora sem fumaça ou algodão-pólvora é um nome bonitinho para a substância, amplamente utilizada por países fabricantes de mísseis e munições, além de ser um importante propelente para foguetes de uso militar e científico.

Curiosamente, o material está em falta ao redor do mundo. Por conta de barreiras comerciais com a China, a União Europeia anda sangrando pelo alto preço de compra da nitrocelulose.

Um outro país com ampla produção de algodão e que tem capacidade - e que, sobretudo, já produz a substância - é o nosso querido Brasil.

O déficit de nitrocelulose tem travado a indústria militar europeia, o que tem dificultado também os esforços na guerra da Ucrânia. E o controle está na mão da China, que controla cerca de 70% da produção mundial da substância.

Muitos podem se perguntar se as recentes intromissões e ataques de Elon Musk na política brasileira podem estar relacionados ao uso de nitrocelulose em foguetes da SpaceX.

Porém a SpaceX não usa em seus foguetes tal tecnologia. A substância utilizada pela companhia privada é baseada principalmente em um combustível de alto desempenho à base de querosene, conhecido como RP-1, e oxigênio líquido como oxidante em seus motores.

No Brasil, as reservas de lítio podem ser interessantes para a companhia, mas a maior quantidade do material já está prometida para Musk: é a reserva na Argentina, de Milei, que quer entregar sem ressalvas seus estoques para o bilionário.

Com informações de Sputnik, Ámbito e Financial Times