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"Vivemos em um mundo mais perigoso": Reino Unido justifica aumento de gasto militar

Rishi Sunak esquiva de críticas e reforça risco de conflito contra Rússia e Irã após falar em "prontidão de guerra"

Premiê conservador aumenta despesas militares britânicasCréditos: Kirsty O'Connor / No 10 Downing Street
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O primeiro-ministro da Inglaterra Rishi Sunak reforçou em entrevista à Sky News o aumento do gasto militar do governo britânico a partir de 2024.

Neste sábado (28), Sunak justificou a expansão dos gastos com a possibilidade de guerra com "estados autoritários", como Rússia, China e Irã.

“Quer queiramos ou não, o mundo em que vivemos é mais perigoso. Existe um eixo de Estados autoritários com valores diferentes dos nossos”, disse Sunak. Isto “prejudica o nosso país, os nossos valores, os nossos interesses”, por isso “a coisa certa para mim, como primeiro-ministro, é garantir a segurança de todas as pessoas”.

O governo vai aumentar os gastos no tema em 75 bilhões de libras (cerca de 94,8 bilhões de dólares) nos próximos seis anos, segundo a proposta do economista de origem indiana.

Anúncio de "prontidão de guerra"

Na terça-feira (23), ele anunciou um aumento significativo no gasto militar do país, elevando-o para 2,5% do PIB. Esta medida, segundo Sunak, visa colocar o país em "prontidão de guerra" e permitir a expansão das empresas de defesa britânicas, como BAE Systems, MBDA e Rolls Royce.

“Hoje é um ponto de virada para a segurança europeia e um momento marcante na defesa do Reino Unido. É um investimento geracional na segurança e na prosperidade britânicas, que nos torna mais seguros em casa e mais fortes no exterior", disse o britânico

 O anúncio foi feito durante uma visita à Polônia, onde Sunak se encontrou com o chefe da OTAN, Jesse Stoltenberg, para expressar a intenção do governo britânico de reforçar o apoio à Ucrânia.

Este movimento ocorre em meio ao retrocesso da Ucrânia no campo de batalha e ao risco de conflito entre Israel e Irã, levando o Reino Unido a buscar medidas defensivas.

A visita também destaca a intensificação da rivalidade entre Londres e Moscou, com a Polônia fornecendo apoio militar e técnico substancial à Ucrânia.