Segundo apuração publicada pela Reuters nesta quinta-feira (25), a ByteDance, gigante chinesa que controla o TikTok, não pretende vender a rede social após a aprovação da lei no Congresso dos EUA, que pode banir a plataforma de vídeos curtos do país.
A lei, aprovada pelos parlamentares e sancionada pelo presidente Joe Biden, obriga o TikTok a ser vendido para uma empresa americana até 2024. Caso contrário, a rede social terá que cessar suas operações no mercado dos EUA.
A empresa buscará esgotar as possibilidades legais dentro do sistema jurídico americano para contestar a proibição, mas não planeja ser vendida, conforme relata a notícia da Reuters.
Não é a primeira vez
O mercado americano é o maior na rede social, porém não se compara à soma a base de usuários da empresa, que inclui pelo menos 900 milhões de contas em todo o mundo.
Os EUA nem seriam o maior mercado perdido pela rede. Em 2023, mais de 200 milhões de pessoas na Índia perderam acesso à rede social, que continuou operando e permanece como uma das maiores do mundo.
De acordo com a própria Reuters, a rede social obtém 25% de sua receita dos EUA, mas a principal fonte de renda continua sendo o Douyin, versão do TikTok disponível na China.
Outro ponto crucial é: qualquer pessoa que já tenha utilizado o TikTok reconhece que o algoritmo da plataforma supera em muito a qualidade de outras redes sociais, como Instagram e YouTube. Portanto, a rede não tem interesse em abri-lo para outras empresas.
Outro obstáculo para a venda da rede social para controle americano é a estrutura acionária da empresa: cerca de 60% é composto por diferentes empresas internacionais, enquanto 20% é detido pelos funcionários da ByteDance e os outros 20% são de propriedade do fundador da empresa, Zhang Yiming.