Uma pesquisa feita pelo instituto Survation MRP a pedido do jornal The Sunday Times e divulgada na última semana mostra que os Tories, ou conservadores, devem sofrer uma derrota acachapante para o Partido Trabalhista nas eleições para o parlamento britânico, quebrando uma hegemonia que era mantida desde que o Brexit entrou em vigor, em 2020.
Naquele ano tomaram posse os eleitos em 2019 e os conservadores tinham quase 50% das cadeiras. Conseguiram eleger sucessivamente três primeiros-ministros: Boris Johnson, Liz Truss e Rishi Sunak, que está no cargo atualmente.
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Caso as projeções se confirmem em novembro, quando as eleições devem ser realizadas, os conservadores dificilmente conseguirão eleger o primeiro-ministro do país como nas últimas ocasiões. Entre as explicações para a queda de popularidade dos conservadores estaria o Partygate, o escândalo das festas que Boris Johnson e seus aliados deram durante a pandemia e que veio a público no final de 2021.
De acordo com a pesquisa, se as eleições fossem nesse mês, os conservadores sairiam de 365 cadeiras na Câmara dos Comuns, para apenas 98. A perda representa 267 cadeiras, de um total de 650 disponíveis na casa legislativa.
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E para piorar a situação da direita britânica, ao passo que perdem 267 cadeiras, o Partido Trabalhista ganharia 266. Os progressistas então sairiam de 203 cadeiras na atual legislatura para 468, e controlariam 72% da Câmara dos Comuns. Provavelmente elegeriam um dos seus quadros como primeiro-ministro. O socialista Jeremy Corbyn é um nome que ganha força após a pesquisa.
Os conservadores não conseguiriam absolutamente nenhuma cadeira na Escócia e no País de Gales. Nesses países, o Plaid Cymru, partido galês, perderia duas das suas quatro cadeiras atuais. E o Partido Nacional da Escócia sairia de 48 cadeiras para 41. O Partido Verde, por sua vez, perderia sua única representação.
Por outro lado, além dos trabalhistas, quem sairia vitorioso seriam os liberais democratas. O partido dobraria suas cadeiras, saindo de 11 e indo para 22.
A pesquisa ouviu 15 mil eleitores britânicos. Marcadas para o final do ano, as eleições ainda não têm uma data confirmada.