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Vice-chanceler do Irã: “Reação virá em segundos se Israel atacar”

Fala foi entendida como ameaça de uso de mísseis hipersônicos, que atingiriam Telavive em 6 minutos. Fontes dizem que governo de Netanyahu deve atacar nação persa ainda esta noite

Veículo militar iraniano equipado com o míssil hipersônico Fattah.Créditos: YouTube/Reprodução
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O vice-chanceler para Assuntos Políticos do Irã, Ali Bagheri Kani, disse em entrevista a uma emissora de TV local, de acordo com a agência estatal da nação persa, a IRNA, na noite desta segunda-feira (15), que, se Israel atacar seu país após a verdadeira chuva de drones e mísseis do último fim de semana, a resposta “não será demorada como da última vez”, referindo-se à reação iraniana depois de seu complexo diplomático em Damasco, na Síria, ter sido bombardeado em 1° de abril, matando várias pessoas, entre elas três generais das Forças Quds, a elite da Guarda Revolucionária da república islâmica.

Bagheri falou de uma resposta “em segundos”, o que foi lido por analistas internacionais como uma ameaça de usar os modernos mísseis hipersônicos do Irã, que ficaram oficialmente prontos e operacionais no segundo semestre do ano passado. O ‘Fattah’ tem capacidade para ser disparado do solo iraniano e atingir Telavive, capital de Israel, em 400 segundos, ou seja, em 3 minutos e 40 segundos.

“Se o regime sionista for suficientemente racional, não repetirá tal erro porque o Irã dará uma resposta mais dura, mais rápida e mais urgente... Os sionistas não terão mais 12 dias, e a resposta que receberão não será medida em dias e horas, mas em segundos”, afirmou o vice-chanceler.

No fim da tarde desta segunda (15), o Gabinete de Guerra do governo de Benjamin Netanyahu decidiu que atacaria o Irá como retaliação pelo bombardeiro da madrugada de domingo (14), mas que isso seria feito sem a intenção de elevar o conflito a outro patamar, conforme reportam veículos de imprensa de Israel e o diário norte-americano Wall Street Journal.

A tensão cresce no Oriente Médio com a hipótese cada vez mais provável de que uma guerra de proporções gigantescas ecloda na região. Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse que seu país não quer uma escalada naquela zona do globo e que os norte-americanos não atuariam atacando o Irã, limitando-se a manter o apoio histórico que dão ao Estado Judeu e colaborando, quando for o caso, os defendendo de algum ataque.