O presidente da França Emmanuel Macron voltou atrás em sua fala sobre a possibilidade de enviar tropas francesas ao solo ucraniano para combater a Rússia.
O chefe de estado afirmou recentemente que a França poderia mandar destacamentos franceses para o combate na Ucrânia. A fala gerou tensão não somente em Moscou - que teve de reacender as ameaças nucleares -, mas também em toda a OTAN, que não enxergou a fala com bons olhos.
Após as críticas, Macron voltou atrás em uma entrevista a um jornal da Tchéquia. Ele afirmou que "não há consenso hoje para enviar, de forma oficial, tropas ao terreno", mas que “em termos de dinâmica não podemos excluir nada”. Por fim, adicionou que vai “fazer tudo o que for necessário para evitar que a Rússia vença esta guerra”.
Disse ainda que “não significa que estejamos a considerar enviar tropas francesas para a Ucrânia num futuro próximo, mas que estamos a abrir um debate e a pensar em tudo o que pode ser feito para apoiar a Ucrânia, especialmente no seu território”.
Um destacamento francês em solo ucraniano significaria conflito direto entre OTAN e Rússia, o que desembocaria, naturalmente, em uma guerra nuclear de proporções nunca vistas.
A fala de Macron foi considerada irresponsável por ambos os lados, mas é um sinal de que a situação na Ucrânia é cada vez menos confortável para Zelensky. Semana após semana, a Rússia conquista territórios e, recentemente, destacou um plano em que deseja tornar toda a parte leste do rio Dnieper, que corta a Ucrânia ao meio.