Nesta segunda-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que obriga o cessar-fogo imediato em Gaza pelas forças israelenses e a liberação de todos os reféns por parte do Hamas.
A decisão histórica foi proposta por 10 países que fazem parte do assento rotativo no Conselho, e foi aprovada por quatro das cinco grandes potências com poder de veto. Os EUA não vetaram, mas se abstiveram.
"O Conselho de Segurança acaba de aprovar uma resolução há muito esperada sobre Gaza, exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Esta resolução deve ser implementada. O fracasso seria imperdoável", afirmou o secretário-geral da ONU Antonio Guterres.
Os EUA, contudo, não gostaram da resolução, porque “o texto final não tem a linguagem que consideramos essencial, como uma condenação do Hamas, não pudemos apoiá-lo.”
Israel vai respeitar?
Itamar Ben-Gvir, ministro da segurança nacional e membro da extrema direita de Israel, diz que “as Nações Unidas são um terreno baldio”.
Israel não costuma adotar resoluções da ONU e um respeito ao cessar-fogo pode ser extremamente difícil para o governo Netanyahu, que precisa continuar essa guerra de qualquer maneira.
O principal resultado, é, por ora, político: os EUA soltam as mãos de Israel e a comunidade internacional finalmente consegue dar um basta para as ações do sionismo. Será o suficiente?