O homem mais rico do mundo, o bilionário Elon Musk, da Tesla e do X (ex-Twitter) entrou na Justiça contra a parceria da OpenAi com a Microsoft, que fez com que o acesso à empresa deixasse de ser de livre e passasse a ser pago.
Se a denúncia não viesse de quem vem, o homem que ao comprar o Twitter demitiu quase todo mundo e passou a cobrar pelo que antes era gratuito, por mérito, como o selo azul, ainda seria justificável. Afinal a alegação de Musk para entrar na Justiça é certa. Ele alega que a OpenAi violou o acordo de fundação da startup de inteligência artificial (IA) ao priorizar o lucro em detrimento do “benefício para a humanidade”.
Mas Elon Musk criticando lucro?! Parece mais choro de perdedor, pois essa área de IA é uma onde Musk não é dominante.
Musk foi um dos financiadores da OpenAI em seus primórdios. E, agora, alega que a parceria da startup (mais conhecida pela ferramenta de IA ChatGPT) com a Microsoft minou sua missão original de criar tecnologias de código aberto (ou seja, que possam ser usadas por qualquer um), que não estivessem submetidas a prioridades de negócios.
"Até hoje, o site da OpenAI continua professando que sua missão é garantir que a inteligência artificial geral 'beneficie toda a humanidade'. Na realidade, no entanto, a OpenAI foi transformada em uma subsidiária de facto de código fechado da maior empresa de tecnologia do mundo: a Microsoft", disse Musk no processo aberto numa corte de São Francisco, EUA.
Ainda no processo Musk alega que Altman, o presidente da OpenAI Greg Brockman e a Microsoft demitiram a maioria dos antigos conselheiros da empresa e colocaram gente "que não tem expertise técnica semelhante ou qualquer experiência substancial em governança de IA, que o conselho anterior tinha".
"O novo conselho é constituído por membros com mais experiência em negócios centrados no lucro ou na política do que em ética ou governança de IA. Eles também são conhecidos por serem 'grandes admiradores de Altman'."
"Com essa reestruturação (no Conselho de Administração), a OpenAI abandonou sua missão sem fins lucrativos de desenvolver a inteligência artificial geral para o benefício da humanidade, mantendo-a assim fora das mãos de uma grande corporação com fins lucrativos, na qual vasto poder seria indevidamente concentrado", afirma Musk no processo.
Com informações do Bloomberg, via O Globo.