A União Africana confirmou nesta terça-feira (20) que decidiu suspender a participação de Israel como membro observador do órgão principal do continente africano.
Na última convenção do grupo, realizada no último fim de semana, em que Lula deu um discurso enfático contra o genocídio, a embaixadora israelita Sharon Bar-li foi escoltada para fora da cimeira.
Ela tentou participar utilizando um convite intransferível emitido apenas ao embaixador de Israel na União Africana, Aleli Admasu.
Agora, o órgão esclarece, após emitir um comunicado comum contra o genocídio em Gaza, que o estado israelense não participará mais da cúpula.
“O estatuto está suspenso até que este comitê possa deliberar… e por isso não convidamos responsáveis israelenses para a nossa cimeira”, disse o chefe da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, segundo a Al-Jazeera.
A União Africana é atualmente composta por 55 Estados-membros, incluindo todos os 54 países do continente africano e o território da República Árabe Saaraui Democrática, que não é reconhecida internacionalmente.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que Bar-li era “uma observadora credenciada com uma etiqueta de entrada” e acusou a entidade de países africanos “pequeno número de estados extremistas como a Argélia e a África do Sul, que são movidos pelo ódio e controlados pelo Irã”.
Vale ressaltar que, até o momento, com exceção de Benjamin Netanyahu e de representantes israelenses,