A desproporção de forças é total. Um dos mais poderosos exércitos do mundo, em armas, munição, treinamento, efetivo e reservistas, contra um exército de guerrilha, que fabrica morteiros e armas muitas vezes com o que recolhe do inimigo nas batalhas. A isso a mídia comercial ocidental chama "guerra" entre Israel e Palestina.
Mas há um fator que faz com que esse genocídio se arraste por todo esse tempo: a palavra palestina "Sumud". Desde 1948, quando aproximadamente 700 mil palestinos foram expulsos de suas casas, de sua terra, na Nakba, o "Sumud" mantém a Palestina de pé.
Sumud significa “firmeza” ou “perseverança constante”. É um valor cultural palestino, tema ideológico e estratégia política que surgiu através da experiência de resistência durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. À medida que o termo se desenvolveu, o povo palestino fez a distinção entre duas formas principais de sumud. A primeira, “sumud estática”, é mais passiva e é definida por Ibrahim Dhahak como a “manutenção dos palestinos em suas terras”. A segunda, “resistência sumud“, seria uma ideologia mais dinâmica, com o objetivo de construir organizações alternativas para resistir e minar a ocupação israelense da Palestina. O símbolo máximo associado ao conceito de sumud e ao senso palestino de enraizamento na terra é a oliveira, onipresente em toda a Palestina.
Outro ícone sumud que tem sido frequentemente retratado nas obras de arte palestinas é o da mãe e, mais especificamente, o de uma camponesa grávida.
Aqui, exemplos de que Sumud passa de geração em geração.
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