Segundo o Relatório de Ambições Bilionárias do UBS, um banco suíço, divulgado nesta semana, desde 2015, a riqueza total dos bilionários mais que dobrou, passando de US$ 6,3 trilhões para US$ 14 trilhões. No mesmo período, o número de pessoas que têm mais de um bi na conta passou de 1.757 para 2.682.
De acordo com o levantamento, o número de bilionários multigeracionais, que chegaram neste estágio por herança, passaram de 582 em 2015 para 805 em 2024. No período, eles herdaram um total de US$ 1,3 trilhão. O relatório destaca que se trata de um valor subestimado, já que muitos herdeiros não se tornaram bilionários.
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Além dos dados apurados, foram entrevistados 82 bilionários. E o documento chama a atenção ainda para o fato de 75% dos bilionários possuírem os chamados "family offices", entidade formada para administrar a riqueza da família. Geralmente, ela conta com uma equipe de especialistas que, em geral, inclui consultores financeiros e tributários, planejadores patrimoniais e contadores para proteger e aumentar o patrimônio.
Entre os bilionários, 57% disseram que possuem esta entidade "para nos ajudar a preservar nossa riqueza" e 52% alegam que a motivação é "para ajudar a gerenciar a complexidade administrativa/contábil".
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Outros dados reforçam o caráter "familiar" dos super ricos. Mais de um terço (38%) dos entrevistados dizem que os membros da família têm ideias novas e inovadoras sobre como administrar a riqueza da família. Da mesma forma, quase um terço (30%) aponta que a família quer se envolver na gestão diária da riqueza.
Os ricos também choram...
Nem tudo são flores, no entanto, na atribulada vida dos bilionários. Quase um terço (30%) dos entrevistados afirma que é difícil
administrar as expectativas da família quando se trata de riqueza.
Um percentual muito semelhante, 29%, deles admite estar preocupado com o fato de alguns membros da família se sentirem no direito à sua riqueza sem tê-la conquistado.
Olhando para o futuro, o banco suíço calcula ainda que bilionários com 70 anos ou mais transferirão US$ 6,3 trilhões nos próximos 15 anos, principalmente para famílias.