ISRAEL

Israel quase mata secretário-geral da OMS ao bombardear aeroporto

Tripulante do voo de Tedros Adhanom no Iêmen ficou ferido e duas pessoas morreram a poucos metros dele. Governo de Netanyahu sabia que autoridade internacional estava no local

Créditos: Reprodução/ redes sociais / Youtube
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De LISBOA | Não há qualquer limite para as ações demolidoras e assassinas levadas a cabo pelo governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Nesta quinta-feira (26), caças supersônicos do Estado judeu lançaram mísseis no aeroporto de Sanaa, capital do Iêmen, no exato momento em que o secretário-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, embarcava num voo de volta para Genebra, na Suíça, onde fica a sede do órgão.

Adhanom, que se tornou um dos rostos mais conhecidos do mundo na época da pandemia da covid-19, estava numa missão especial no Iêmen e se preparava para embarcar na aeronave que o levaria de volta à Europa quando os mísseis atingiram o aeródromo, deixando duas pessoas mortas e vários feridos. As explosões foram bem próximas do número 1 da OMS, tendo em vista que um tripulante que atuaria em seu voo ficou ferido, enquanto um dos mortos foi atingido a poucos metros dele.

“Um dos tripulantes do nosso avião ficou ferido. Pelo menos duas pessoas foram mortas no aeroporto. A torre de controle de tráfego aéreo, a sala de embarque, a poucos metros de onde estávamos, e a pista foram danificadas”, confirmou Tedros Adhanom a jornalistas horas depois do bombardeio, ainda em solo iemenita.

Nas redes sociais, perfis que fazem a cobertura das ações militares israelenses reportam que Telavive sabia da presença da autoridade internacional no aeroporto, e que mesmo assim determinou o bombardeio do local. Por conta da destruição na pista de pousos e decolagens, a delegação da OMS liderada por Adhanom e outra de integrantes da ONU terão que ficar no país árabe por mais alguns dias.

O governo de Israel apenas se manifestou de forma protocolar em relação ao bombardeio, afirmando que “mirou alvos dos rebeldes Houthis”, inclusive “atacando portos e outras infraestruturas” do regime local, sem mencionar a desastrosa ação que quase assassinou o mais alto funcionário de uma das mais respeitadas agências internacionais existentes.

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