Não foram poucos os policiais, bombeiros, socorristas e jornalistas que definiram o crime como “o mais brutal e perverso” da história do centenário Metrô de Nova York, que entrou em operação em 1904 e já foi palco de inúmeros casos horripilantes. Era tarde de domingo (22), quando um homem ingressou num dos vagões parados na estação Coney Island - Stillwell Avenue, na região do Brooklyn, repentinamente jogou uma quantidade considerável de líquido inflamável numa mulher que estava sentada cochilando e, sem dizer nada, acionou um isqueiro que carregava no bolso do casaco.
A vítima, num comportamento incomum para situações do tipo, apenas levantou e permaneceu de pé paralisada, segurando numa das barras da composição, enquanto era consumida viva pelas labaredas. Ela, que ainda não foi identificada pelas autoridades, morreu ali mesmo. Funcionários do metrô e agentes de segurança ainda tentaram conter as chamas com extintores, na esperança de salvá-la e impedir um incêndio de proporções maiores no local.
Com muitas testemunhas e inúmeras imagens de câmeras de segurança, seis horas depois, o perpetrador do bárbaro crime foi preso numa outra estação. É um guatemalteco de 33 anos, chamado Sebastián Zapeta. Ele já havia sido preso e deportado de volta para a Guatemala, em 2018, mas não se sabe quando, nem como, retornou aos EUA, onde vivia de forma ilegal.
Até onde se sabe, não houve nenhuma interação entre a vítima e o assassino. Ele apenas teria entrado no vagão e cometido o ato dantesco, sem se preocupar com as pessoas que estavam ao redor assistindo a tudo. As autoridades também não souberam informar se eles se conheciam, mas as primeiras informações que circulam na imprensa norte-americana, que precisam ser confirmadas, dizem que não.
“A depravação desse crime horrível está além da compreensão, e meu gabinete está empenhado em levar o criminoso à justiça... Esse ato de violência horrível e sem sentido contra uma mulher vulnerável sofrerá as mais sérias consequências”, declarou, Eric Gonzalez, o promotor de Justiça que atua na região do Brooklyn.
O episódio, como era de se esperar, gerou uma forte repercussão sobretudo na bolha de extrema direita da sociedade estadunidense, que apoia massivamente o presidente eleito Donald Trump, que voltará à Casa Branca em três semanas. O ex e agora futuro presidente usou como principal bandeira de campanha a demonização dos imigrantes ilegais, especialmente aqueles oriundos de pequenos países latinos da América Central, definição exata do autor do assassinato bárbaro.