Neste sábado (14), a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, que tentou um golpe de estado no país no dia 3 de dezembro de 2023.
O coup d'etat trapalhão de Yeol - marcado pela decretação de uma lei marcial no calar da noite - foi barrado no parlamento do país e marcou a morte política do lider de extrema direita.
A moção de impeachment foi aprovada com 204 votos a favor, 85 contra e três abstenções, de um total de 300 membros participando da votação secreta.
Na última semana, grandes protestos foram realizados em toda a Coreia do Sul pressionando os políticos a favor da queda de Yeol.
Este voto representa a segunda tentativa de impeachment contra Yoon em pouco mais de uma semana, após uma moção fracassada anterior devido a um boicote por membros de seu Partido do Poder Popular (PPP) no sábado anterior.
Agora, Yoon está suspenso e a suprema corte do país deve avaliar o caso. Com o atual presidente fora do jogo, o primeiro-ministro Han Duck-soo servirá como presidente interino durante este período.
Se o Tribunal Constitucional confirmar o impeachment, Yoon se tornará apenas o segundo presidente sul-coreano a ser destituído com sucesso, após a remoção de Park Geun-hye em 2017.
Curiosamente, boa parte do capital político de Yoon foi consolidado após ele fazer parte da equipe de acusação de Park Geun-hye.
Atualmente, os índices de aprovação de Yoon despencaram para cerca de 11%, refletindo a insatisfação generalizada da população sul-coreana com o "Sérgio Moro Coreano".